"Uma vez disseram-me que amar é atirar-se de um precipício sem saber se lá em baixo vai estar alguém para nos segurar. Foi a melhor definição de amor que já ouvi." Eu atiro-me sem medos, desse precipício que não se sabe onde dará e quando dou por mim não há ninguém pronto a segurar-me lá em baixo. É assim a queda, é assim que nos magoamos, quando sabemos que não há ninguém com coragem de nos salvar. Sempre achei que amar era ser eu própria sem medos, desculpas ou incertezas, amar era baixar todas as guardas, amar era ser-se nós próprios sem medo mas nem assim ninguém me amou. Ando mesmo sem saber que rumo a minha vida leva, porque acredito no amor a cada virar da esquina. Talvez seja isso que me mata, vejo amor em tudo o que toco, e acabo por me apegar demais a quem não está nem aí. Tinhas uns olhos profundos, azuis, e contigo eu sentia coisas que não já não sabia sentir há tanto tempo. A tua pele era macia, a tua voz doce e quando te foste, perdi-me. Eu sei, fui eu ...