Uma saudade leve
"Uma vez disseram-me que amar é atirar-se de um precipício sem saber se lá em baixo vai estar alguém para nos segurar. Foi a melhor definição de amor que já ouvi."
Eu atiro-me sem medos, desse precipício que não se sabe onde dará e quando dou por mim não há ninguém pronto a segurar-me lá em baixo. É assim a queda, é assim que nos magoamos, quando sabemos que não há ninguém com coragem de nos salvar. Sempre achei que amar era ser eu própria sem medos, desculpas ou incertezas, amar era baixar todas as guardas, amar era ser-se nós próprios sem medo mas nem assim ninguém me amou.
Ando mesmo sem saber que rumo a minha vida leva, porque acredito no amor a cada virar da esquina. Talvez seja isso que me mata, vejo amor em tudo o que toco, e acabo por me apegar demais a quem não está nem aí.
Tinhas uns olhos profundos, azuis, e contigo eu sentia coisas que não já não sabia sentir há tanto tempo. A tua pele era macia, a tua voz doce e quando te foste, perdi-me. Eu sei, fui eu que não quis ser tua amiga, mas como poderia eu ser só tua amiga se eu queria era ser tua?!
É mais fácil se não te ver, porque é mais fácil esquecer longe do coração. Rio-me ao escrever isto, porque ainda penso em ti, e porque não está difícil de te esquecer, mas está difícil de te arranjar do meu peito, duma leve saudade que não me deixa.
Não sei como é que em tão pouco tempo conseguiste cativar tanto. Rendi-me de imediato ao teu olhar e foi aí o meu erro fatal.
Sigo o meu caminho, o caminho de todos os dias. Tenho saudade, uma leve saudade é... Mas a saudade é algo que um dia vai embora, porque haverá outra saudade um dia, que não será tua.
Olá dou-te os parabéns pelo blog está magnifico e pelo que vi até agora por vezes revejo-me no que escreves.
ResponderEliminarTu atiras-te sem medos desse precipício, eu por outro lado com medo faço escalada,desço o precipício com cuidado, mas quando depois de muito tempo a descer com a certeza de onde me estava a agarrar, encontro uma pedra solta e caio ao chão.
Com isto quero dizer 2 coisas: 1ª gostava de ser como tu, não ter medo de me atirar ao precipício. A 2ª é que mesmo com o medo as coisas também podem não correr pelo melhor, tudo depende da pessoa que te quiser salvar.
"Silence Speaks, when Words Can't", o silencio nunca é interpretado da mesma forma que as palavras, mas quem prestar atenção ao silencio pode apreender muita coisa.
Aqui tens mais um fã, vou seguir as tuas palavras sempre que puder. Continua com o bom trabalho.