"Escrever era como voar..."
Já não escrevo há muito e não sabia eu porquê. A razão descobri-a, afinal, num livrinho com 501 frases que marcaram Portugal e o Mundo, editado pelo Sábado , este ano. «Escrever era como voar, voar, voar. O fogo era tal que me consumiu. Ficaram só cinzas, e com as cinzas não se faz poesia.» Mário Cesariny, poeta e pintor português, justificava a decisão de deixar de escrever. Jornal de Letras , 24 de Novembro de 2004 Não sei quando voltarei a escrever. Sempre escrevi por necessidade de expressar algo que ficava entalado na garganta. Escrever, para mim, era quase como um alívio, o libertar de um sufoco, um grito que era necessário ou porque precisava de exprimir, ou porque precisava de falar, embora quase fosse com as paredes. Mas era um alívio tão grande quando acabava de escrever e publicava no blog, como se as minhas frustrações, inseguranças, medos, amores e desamores fizessem parte do mundo. Mas se eu faço parte do mundo e se sou pessoa, com medos,...