O amor chama-se Diogo

E fico assim, a noite toda acordada à espera que me assaltes a janela e me venhas buscar, só pra me levares a ver o nascer do sol.
Hoje não. Hoje enfiei a cabeça na almofada, desejando que o dia acabasse o quanto antes e que amanhã, assim que o azul turquesa do céu o permitisse, falar contigo mais calmamente.
Claramente que falhas na comunicação foram a origem do nosso problema, mas nada que uma boa dose de conversa e mimos não resolva.
O que mais me irritou não foi o que fizeste, foi teres-me lembrado o atrasado mental (com todo o respeito aos atrasados mentais - menos ao atrasado mental de que me refiro) e tudo o que ele me fez passar: a angústia, a revolta, o esquecimento de mim própria, tanta coisa que FINALMENTE acabou de vez (e já não era sem tempo)! ETC...
Tu és das pessoas mais importantes que tenho, sempre foste e eu nunca soube como sei agora. És o mais lindo, o mais querido, o melhor. «Não és sequer a razão de meu viver, pois que tu és já toda a minha vida». Não és o meu mundo, és o meu mundo à parte onde só existe um pôr-do-sol que beija o mar de uma casa na praia, onde há os meus quadros e as minhas tintas, onde tu e eu deitados numa cama de rede partilhamos o teu amor de mãos e beijos dados com o meu.
Contigo é que não me importava mesmo de ficar pra sempre, e acho que nunca me fartava.

PS: Amo-te.

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