Tu, D.


Isto corta-me a respiração, sempre que o meu mundo encantado abana, e eu sempre detestei sentir o chão a tremer. A distância entre nós ora nos faz bem, ora nos faz mal, que desatino, fico sempre com saudades e quando as tento matar elas nunca morrem, insistem e persistem em perseguir-me como abelhas atrás de pólen, e nunca se cansam, não me largam e a tua imagem vem à tona na minha cabeça, rodopiando como o teu cheiro rodopia no meu ar e fica-me nos poros e são horríveis as vezes que te quero tanto e que tu não estás e as saudades batem à porta mais uma vez, aumentam para grau agudo e o tempo passa cada vez mais devagar, como os passos com solas quase rastejando no chão de quem passeia lentamente e eu espero e desespero que o tempo passe, só pra te ter comigo novamente, a desejar o meu sabor, a desejar o calor das minhas mãos, um pedido pra ficar, nem que seja só mais 5 minutos. A desejar que o tempo pare de vez, que congele e que nós fiquemos mais quentes que nunca entre as 4 parede, o tecto e o chão de todo o nosso amor, junto.
E eu vagueio pela casa mas eu só consigo ficar quente quando tu me abraças.
Quando uma porta me fecharam na cara, tu abriste a janela, mostraste-me que o fim é apenas o início e que no final tudo dá certo porque dizem que há sempre um recomeço, um retorno, um pedido de desculpas ou um simples atirar pra trás das costas.
Mas a verdade é que a minha casa é o teu coração.

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