A Bela e o Paparazzo

«Então vou-te contar uma história.
No Bairro Alto, uma noite, uma rapariga está tristíssima sentada no passeio, agarrada ao telemóvel e está a chorar. E há um rapaz que passa e vê a rapariga e pensa: Eu tenho que fazer sorrir esta rapariga. E aquilo torna-se o objectivo dele naquela noite... ele vai contra os candeeiros, ele dá cambalhotas, ele faz o pino, ele cita sketches dos Monty Python... E ela finalmente sorri (...)
Vão para casa os dois, num dia beijam-se, no outro despem-se... Ok, parecia que estava ali a começar uma coisa muito bonita entre eles, uma história de amor absolutamente arrebatadora.
Um dia ele acorda, olha para o lado e ela não está lá.
Há um bilhetinho na mesa de cabeceira, e nesse bilhetinho sabes o que estava escrito?
Estava escrito: "Desculpa. Tu fizeste-me sorrir... Mas ele faz-me chorar."»
Por Nuno Markl em A Bela e o Paparazzo de António-Pedro Vasconcelos, 2010
(excelente filme! (: )


E digo, afirmo sem medos e sem intenção de voltar a tocar na ferida que já cicatrizou, em tempos muito distantes do tempo em que eu estou agora, eu fui esta rapariga.

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