Eu fugi.

Eu fugi. Fugi com sabor do vento nos meus lábios, com a mochila cheia de nadas e a cabeça com porquês. Enchi o copo de coragem, bebi a água da sede que não tinha e caminhei, com os meus pés descalços, entre nuvens e sonhos perdidos no tempo.
Eu bem tentei ler nos teus olhos as linhas que tinhas escritas no coração, mas o esforço acabou em nada. No vazio da tua alma de pássaro. Não, eu nunca viajei em ti, apenas tentava compreender o que havia por detrás da tua máscara. E espreitei por entre as fendas que o tempo te abria no olhar, mas tu voltavas a cara, voltavas o coração e fechavas o livro de ti. Como esperas que te compreenda? Que saiba quando não queres falar ou quando precisas apenas de um abraço?
Eu nunca fui a melhor a acertar, não esperes de mim nada, o simples é tudo, complicar é perder tempo. Ao contrário do que tu pensas, de previsível tenho pouco, ainda assim, muito falta para me conheceres ao ponto que eu te conheço a ti.

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