«A tua liberdade acaba onde a dos outros começa.»

Eu não sou sempre a mais certinha e nem sempre digo as coisas mais acertadas. Às vezes mago-o quem mais gosto e outras vezes sou bruta quando não merecem. Tenho mau muito feitio e consigo ser muito fria para as pessoas. Eu erro, mas seu pedir desculpa. Eu sou assim, mas todos temos limites. E já dizia as palavras sábias de um Homem (com H grande), pai de uma das minhas princesas: «A tua liberdade acaba onde a dos outros começa.»
Pareço muito forte e ás vezes até sou, no entanto todos temos fraquezas. E o meu muro quebrou ao ver isto:


(*IMAGENS EXTREMAMENTE VIOLENTAS E CHOCANTES, VER SÓ SE SE SENTIR CAPAZ*)


Quando acabei de ver a minha boca não fechava e os meus olhos começaram a encher-se duma substância líquida salgada e sem cor. Cresceu um sentimento de revolta, repugnância e talvez desespero. Eu não sei que raio de sociedade é que estamos a criar, ou pelos menos não sei que educação os pais destas meninas lhes deram, mas algo está aqui a falhar! Se calhar elas tiveram uma educação igual à minha, as amizades delas é que são diferentes das que eu tive. Hoje em dia não se cresce em casa, cresce-se na escola. Só que hoje em dia não se aprende na escola, aprende-se na rua, com os "amigos" e aquilo que vemos é aquilo que seguimos e às vezes seguimos os outros com passos firmes em terrenos falsos, acreditando que estamos a fazer o certo quando o errado passa a ser a religião.
Estou a falar no plural porque dirijo-me a uma parte deste todo, àqueles que não se dizem crianças mas são imaturos para serem considerados adultos, aos adolescentes, ao futuro, à geração do meio, à minha geração, a nós. Como eu, cada vez mais, me deparo que não sou mesmo igual ao que por aí anda! Talvez eu seja uma raridade mas eu conheço mais gente como eu. Sou mesmo uma rapariga pequena cheia de sorte.
Chamam-lhe rebeldia? Uma mera briga de miúdas? Não, as meninas não devem descer tão baixo, a classe vem de cima, da superioridade que mostramos a quem pensamos ser inferior, é assim que me defendo, com atitude no corpo e não com raiva! Mas isto sou eu e nem todos podemos ser bons.
Não sei em que mundo é que elas vivem, mas eu não faço parte dele de certeza, ou pelo menos não quero fazer porque não acredito que o mundo é assim: cruel, frio, vingativo. Não faz sentido se assim for! Das palavras às acções a distância parece grande, é por isso que dizem "é tão fácil falar". Neste vídeo a realidade é bem diferente, das palavras às acções a distância é do movimento de uma mão sobre uma cara.

Oh eterna sonhadora, por onde anda a tua alma selvagem que ainda tem esperanças dum mundo melhor?
Como o nome de um blog (genial, na minha opinião) que sigo: «O Mundo não acaba Amanhã. Mas não sei se poderá melhorar.» (Edgar Alves)

Comentários

  1. "Não, as meninas não devem descer tão baixo, a classe vem de cima, da superioridade que mostramos a quem pensamos ser inferior, é assim que me defendo, com atitude no corpo e não com raiva! Mas isto sou eu e nem todos podemos ser bons." - fala-me de ti, isto que eu vi. vejo atitude saudavel, e uma excelente reflexão. continua...

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