Ama-se
«Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do nosso ídolo. Isso são referências. Ama-se sim pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira como os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera quando essa pessoa nos atinge o coração.»
Arnaldo Jabor
E tu sempre foste a minha calma mais inquietante. O meu sorriso mais vincado e a minha zanga mais furiosa. Nós gritamos muito, esbracejamos ainda mais, viramos costas um ao outro, digo-te "não fales mais comigo" cinquenta vezes e tu ris, sempre a gozar-me as frases crianças que só querem chamar a tua atenção. Acho que não sou muito boa nisso, de chamar a atenção. Eu gosto do mistério, do discreto, o que é evidente perde toda a graça, toda a magia, e é por isso que tento que o meu olhar seja subtil, é por isso que pouco te revelo do que penso e tu, mesmo achando que me conheces tão bem, não conheces assim tão afundo afinal. Mas tu, tu sempre foste uma confusão, uma confusão simples como eu, e é por isso que nos damos tão mal que acabamos por nos dar tão bem. Tu, meu furacão de emoções.
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