Estragas o romantismo
Falamos mal um com o outro, discutimos muito, todos os dias pelo menos, e somos um bocado estúpidos na forma de discutir. Ambos achamos que temos sempre razão, e muitas vezes é por isso que a discussão começa. Somos imaturos, mas achamos que somos donos do nosso mundo, que a nossa liberdade é infinita e que podemos sempre fazer tudo o que queremos, quando queremos, porque somos nós que controlamos o mundo e, por isso, somos impulsivos, explosivos e orgulhosos, mas nem muito, porque somos incapazes de estar separados durante muito tempo. Acabamos por não medir a força, nem os actos nem as palavras. Não queremos saber de nada, nem de ninguém, a não ser de nós próprios, somos egoístas. Temos uma paciência infinita um com o outro porque afinal já nos conhecemos à algum tempo, e isso faz com que saibamos lidar com aqueles que gostamos.
Mas entre tantas semelhanças somos tão diferentes: não és em nada o meu estilo e eu não sou nada o teu; foges à regra em tudo, já eu sigo as instruções. Desconheces os meus gostos mais profundos e eu desconheço os teus, embora tente, a todo o custo, surpreender-te com pequenas coisas. Não sabes ser amoroso, não há nenhum pingo de carinho genuíno naquilo que me fazes, e quando o tentas dizes logo de seguida, no teu tom triunfante, de proveito, vitória e mérito "Fui mesmo querido, agora!" e lá estragas todo o romantismo que uma rapariguita de 18 anos patética do século XXI tanto cultiva neste blog. Uma rapriguita que acredita verdadeiramente na ingenuidade e na pureza do amor.
Amar é cansativo, mas quando não o fazemos sentimos falta de nos cansarmos.
ResponderEliminarArrebita arrebita!