Nem demais, nem de menos

Não sei se te amo demais ou és tu que me amas de menos. Não, não é nenhuma das hipóteses. Eu é que tenho que mostrar o meu amor por ti, estar a provar-te constantemente que és tu quem eu quero e que só tu ocupas todo o meu coração. Já tu, não o fazes, não sei ao certo se por medo, por vergonha ou por não saberes como mostrar que se ama alguém. 
Se eu acreditasse no que a Margarida Rebelo Pinto diz quando afirma que não há amor, mas sim provas de amor, estava o baile bem armado, porque a tua demonstração é escassa, quase nula! Mostras-me pouco esse amor que dizes te ter mudado, mas é certo que quando o fazes, é sempre sincero. Nisso eu sei que vais sempre ser igual: vais ser sempre sincero. Talvez tenha sido também isso que me fez apaixonar por ti, por seres das pessoas mais sinceras com tudo, principalmente comigo.
Estou constantemente a dar-te o sol, a lua, as estrelas, a alma e o coração, eu que só desejo que me digas que sou o teu sol, a tua lua, a tua estrela, a tua alma e o teu coração. 
Mas sabes, meu amor difícil, meu tormento, acredito que mesmo sendo diferentes na forma de amar, amamos de certo um ao outro, na mesma intensidade, na mesma medida. E a nossa medida é enorme! Meu querido, nós amamos diferente, mas nem demais, nem de menos.

Tenho saudades tuas. E tu estás longe sem mim, como tantas vezes acontece.


Será que pensas em mim muitas vezes ao dia, como eu penso em ti?

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