24 horas é sempre pouco para um dia
Cabelo desalinhado, despenteado, calça cortada e ténis vagabundos. Olhar despreocupado, ar descontraído, simples. Boca faladora, sorridente mas misteriosa. Mente calada e sentimentos mudos.
E é assim sempre que eu te vejo: rebelde, alma com mistério, segredos que só eu sei no coração e uma alma terna e quente que me aquece o corpo tremendo de doença de saudade sem ti.
Nunca te escondi que és uma doença para mim, nunca te escondi que fazes-me mal na tua ausência e na tua presença. Nunca te escondi esse amor/ódio que sinto por ti, e tu nunca escondeste esse amor/desapego que sentes por mim. Mas foi assim que nos apaixonamos, sem jeito nem porquês, sem mentiras nem confusões. Somos dois mas um só, que funcionamos bem separados, mas funcionamos melhor juntos.
Sabes, o nosso amor não é igual ao de todos os outros, porque primeiro não há amores iguais, e segundo não há amores como o nosso. Mas é diferente porque nos damos mal mas bem, somos pimenta na língua e caramelo no coração. Mas o que quero dizer é que o nosso amor é invisível. Há coisas que não se vêem, já dizia no grande Principezinho que o essencial é invisível aos olhos. Não falo dos nossos olhos, que nós falamos pelo olhar muito mais do que por palavras. Falo sim dos olhos dos outros que não entendem o nosso entendimento. Essas coisas invisíveis que falo é esse nosso amor estranho, inteiro e cúmplice mas que sabe sempre a pouco. Ou então sou eu que sou uma fonte inesgotável de amor e prazer que quero sempre mais e mais. Eu que penso que 24 horas para um dia é sempre pouco, muito pouco.
O teu amor por mim é sempre como tu: simples, desalinhado, misterioso, rebelde, terno e quente.
O meu amor por ti é sempre como eu: inesgotável, alquímico, sentimental, puro, insano e inteiro.
No entanto, amamos os dois na mesma medida, na mesma intensidade.
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