Os filmes da minha cabeça

Eu vejo-te, sinto-te mas depois vejo filmes e já não te sinto tanto. Porque esses filmes na minha cabeça atrapalham o coração, e tudo o que somos fica escuro e cheio de dúvidas. "Mas tu não tens medo de me perder?" perguntava-me eu tantas vezes, até que te perguntei a ti. "Tenho, claro que tenho, mas não vivo em função desse medo. Não deixo que isso me afecte. E tu sabes que isso te afecta muito. Demasiado."
Eu respirei fundo, sabia que tinhas razão. Abracei-te forte, com os olhos negros do rímel escorrido. Disse-te em voz baixa, trémula, com a minha cara enterrada no teu peito "És tão mau pra mim..." E tu, com o teu sossego de alma respondes-me no tom mais sereno "Não Catarina, tu é que és má pra ti própria."
E depois limpaste-me as lágrimas, deste-me um beijo leve de quem cuida da outra pessoa sem querer machucar. 

O nosso amor é estranho. Invisível. Mas existe.

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