Se eu disser, eu queria dizer...

E se eu te gritar alto mesmo estando perto, se eu discutir contigo, se eu disser que já não quero mais, se eu disser "larga-me", se eu disser que te odeio, se eu disser que tu és chato e um grande palerma, se eu disser que me irritas, se eu disser que já não tenho mais paciência, se eu já não quiser esperar mais, se eu disser que estou farta e cansada, se eu chorar muito e borrar toda a minha pintura, se eu parecer criança quando devia ser adulta ou se disser que já não sinto mais nada por ti abraça-me bem, porque eu o que eu queria dizer mesmo, quando alguma vez te dissesse algumas dessas coisas, era que o meu sussurro fosse a coisa mais preciosa que poderias ter, queria rir contigo, queria dizer que quero mais e mais e sempre mais, que te quero, queria dizer "agarra-me", queria dizer-te que te amo, queria dizer-te que és das pessoas mais interessantes e esperta que eu conheço, queria dizer-te que a minha paciência é infinita, que esperaria sempre por ti, que nunca me fartaria de nós e que o único cansaço que existe são dos dias sem ti, que a maquilhagem não esconde os meus defeitos, só disfarça, que a única coisa criança que há em mim é o meu riso e que sinto tudo por ti, tudo ao mesmo tempo, e que não era capaz de não ter a nossa confusão da nossa relação, a nossa trapalhada toda porque eu gosto do que nós somos, do que nós temos. Eu gosto do nós definido nos nossos lábios quando se tocam, gosto do nós quando me abraças com força, mesmo sem dizeres nada, porque sempre falamos muito mais pelo olhar. E eu falo-te através do meu, dando-te carinho e palavras cheias de caramelo para esse teu olhar onde me afundo, onde me perco. Eu gosto do nós. Eu gosto de nós.

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