Nostalgia da minha querida António Arroio II

À semelhança de muitos artistas-sonhadores que percorrem aqueles corredores, também eu me encontrei como pessoa e como essência, foi lá o único sítio onde me senti como se pudesse ser realmente eu, a única escola onde me senti "em casa". Onde sempre fui aceite porque nunca havia ninguém posto de parte, onde conheci amigos para a vida, onde sei que existe quem pense diferente, quem veja o mundo com outras cores e ainda assim não se sinta mal consigo. Foi lá que encontrei a paz dentro de mim. Foi lá que encontrei a minha peça do puzzle. Foi lá que cresci, que aprendi, que me afirmei como a pessoa que sou, onde descobri que posso ser eu mesma aos olhos do mundo, sem me enganar a mim própria. Foi lá que senti magia pela primeira vez e que aprendi que sentir tudo com toda a força a vida tem não tem mal nenhum. Aprendi a gostar de mim. E a gostar dos outros pelo que são. Aprendi a descobrir nos olhos dos outros a essência de cada um e aprendi, sobretudo, a amar cada pequeno detalhe da vida e a saborear cada momento como se fosse o primeiro e o último.
E só quem sente aquela escola com toda a sua plenitude e com toda esta entrega para receber o que ela, professores, colegas e auxiliares têm parar dar, é que irá sentir o toque do pó mágico que todo aquele sítio emana.

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