«Apercebo-me que o amor é uma coisa e a vida é outra, e que ainda preciso de aprender a viver melhor, sem depender tanto dos outros para me sentir feliz, pelo menos confortável. (...) Quando se gosta mesmo, o tempo não conta. (...) Quando se dá a sério, nunca se cobra, nem sequer se mede o quanto se dá. Nunca é demais. (...) Choro e danço mal quando tenho saudades de quem gosto, mas não houve nenhum Rei dos Mares que mandasse vir o meu rapaz, nem o rapaz que se apaixonou por mim largou o seu mundo para vir para a minha ilha. O meu rapaz tem um mundo só dele, e vou aprender, duma vez por todas, a respeitar isso. (...) Com ele é sempre assim. Se ele fosse um animal era um gato, arisco, orgulhoso, misterioso, independente. E se fosse uma palavra, era talvez. (...) Ele traz à minha vida uma luz que me faz sentir uma pessoa diferente, como se emprestasse à minha existência uma dimensão totalmente nova.»

Ele é inconstante, instável, está aqui e acolá. Mas sem ele há pouca coisa que faça sentido. Porque foi com ele que aprendi a ser melhor, aos poucos. E ainda estou a aprender...

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